Nesta quarta-feira, 15, professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) farão paralisação nas atividades. Eles pedem melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
A paralisação foi definida durante assembleia dos docentes da instituição de ensino, realizada na última terça-feira, 7.
Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UEM (SesdUEM), “a paralisação é fundamental para que todos os docentes tenham a oportunidade de refletir e discutir coletivamente sobre as formas de reverter o processo de precarização do trabalho e de sucateamento da universidade pública.”
Ainda de acordo com levantamentos realizados pelo sindicato dos docentes, a defasagem salarial dos servidores públicos do Paraná chega a 42%.
Para o professor de matemática da UEM e presidente da SesdUEM, Thiago Ferraiol, o ato a ser realizado nesta quarta é uma luta contra a defasagem e a busca por um diálogo com o Governo do Estado.
“O que a gente busca nesse momento é justamente fazer um protesto, né? Contra essa defasagem salarial, buscando indicar para o governo a necessidade de abrir essa mesa de negociação. A gente tem feito bastante estudos sobre as contas do governo, vimos já que há uma margem razoável para a reposição salarial, mas infelizmente o governo até agora não indicou nenhuma data para essa conversa. O máximo que a gente teve até o momento foi uma reunião com o Secretário de Ciência e Tecnologia, que indicou que apenas depois do dia 20 de março o governo vai enviar alguma proposta. Mas a gente está cobrando também essa abertura de uma mesa de negociação, para que a situação não precise se encaminhar para situações mais mais graves, como uma greve, né? Que não é o desejo de ninguém.”
O Sindicato Dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar) não irá aderir à paralisação desta quarta, mas participará de mobilizações, com panfletagens nos portões da UEM, além de colocação de faixas em pontos estratégicos da instituição.
Procurada por essa reportagem, a UEM não se manifestou sobre a paralisação. Já a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) informou que “a questão da reposição salarial está sendo estudada entre as demais áreas do Estado“. Leia a nota na íntegra.
“A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) debateu na semana passada com lideranças dos sindicatos unificados que representam professores e funcionários e dos sindicatos de representação dos docentes as pautas que envolvem as categorias. A questão da reposição salarial está sendo estudada entre as demais áreas do Estado, uma vez que demanda avaliação orçamentária. O diálogo segue aberto.”
Mesmo com a paralisação dos professores, outras atividades seguem funcionando na universidade. Serviços oferecidos pelo Restaurante Universitário e pela Biblioteca Central dos Estudantes estarão operando normalmente.