CAPA LEOA

A história do maringaense que vivia com tigres e leões dentro de casa

Tudo começou em 2005, em um circo. Foi quando o maringaense Ary Marcos Borges da Silva, atualmente com 52 anos, decidiu comprar animais selvagens para criar um elenco de animais e se tornou conhecido em todo o Brasil e também no mundo. O motivo: ele chegou a morar com dez animais selvagens em casa, entre tigres e leões, e o local se tornou o Canil e Escola Emanuel de Maringá.

Em 2014, Ary se envolveu em diversas polêmicas. Recebeu denúncias de maus-tratos e foi acusado de sequestrar um dos animais, o Leão Rawell, de um criadouro em Monte Azul Paulista (SP) – entenda abaixo. No mesmo ano, poucos meses depois, travou um embate com o zoológico de Cascavel, local para o qual havia doado um tigre, chamado Pitoco, e uma tigresa, a Xang, em 2011. A fêmea morreu em 2012 e em julho de 2014 o tigre atacou um menino, que precisou ter o braço direito amputado. Ary pediu ao Ibama a devolução do tigre, alegando que o zoológico de Cascavel não tinha condições adequadas para manter o animal. Ele tentou recuperar o animal na justiça, mas não conseguiu

Após as polêmicas, o adestrador de animas passou seis anos na Colômbia e atualmente mora em Mandaguaçu. Ary trabalha com cães de detecção de drogas e atende instituições de segurança. Além disso, atua no segmento de assessoria ambiental para clientes que têm chácaras, fazendas e desejam ter um minizoologico.

Longe dos holofotes, ele conversou com o GMC Online para contar sua história e revelou que pretende construir um parque para abrigar animais selvagens. Segundo ele, as denúncias que ele recebeu são infundadas e toda a situação era regularizada. “Eu tinha as autorizações e cumpria todos os requisitos do Ibama e de todos os órgãos competentes, como estado, município, ocupação do solo…tudo. Infelizmente, com a arbitrariedade do órgão ambiental, autarquia federal, confiscaram os dez animais e a maioria deles já morreu na mão dos zoológicos do governo privado”, alega.

“A situação lá (na casa dele, que também era o canil), era bem adequada, era um registro de mantenedor da fauna exótica, eu comprei todos os requisitos e os animais viviam na minha casa, com 3.500 metros de área livres para eles, toda cercada, com piscina humana que eles usavam mais do que nós. Mas um parque mais adequado eu vejo como mais profissional, com equipe maior, gerando emprego, atraindo turismo para a cidade e para o estado“, planeja.

Dos dez animais, Ary recuperou um: o tigre Tom, chamado por ele de Tomzinho, que está sob a tutela de um amigo dele e vive em um minizoológico em Cotia (SP). “Todo ano eu faço uma visita. O dia a dia dele é bacana, ele tem uma estrutura bem bacana, meu amigo também tem bastante experiência com animais, tem vários outros animais lá. Em cativeiro eles duram muito mais que em seu habitat. O Tomzinho tem um nível bacana de educação, foi condicionado a programas de televisão, a fazer novela, videoclipe”, conta.

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