O Anel Amos veio do Haiti para Maringá há quatro anos em busca de uma mudança de vida, oportunidade de trabalho e estudo. Segundo ele, foi muito bem acolhido por Maringá e ajudado pelos programas municipais de atenção ao migrante.
“A minha chegada, aqui, em Maringá, foi muito bem recebida. Fui muito bem acolhido. A gente só agradece. Eu vim para cá para procurar emprego e estudar, porque não é só o trabalho, a gente precisa se preparar também para ter uma vida melhor”, conta Anel Amos.
Ele precisou de ajuda para regularizar documentos. Depois disso, atingiu os objetivos: conseguiu emprego, fez curso de pizzaiolo e, hoje, aos 29 anos, está cursando administração na UEM.
“Por meio da documentação e da ajuda dos parceiros que atendem os imigrantes e, também, da orientação e do esforço das ações profissionalizantes da Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes, da prefeitura, junto com a UEM, a gente tem essa oportunidade de estudar numa faculdade. Quando eu cheguei aqui, primeiramente, eu consegui um emprego e, depois, fiz um curso de pizzaiolo e, atualmente, trabalho na área. Além disso, também estou estudando administração, na UEM”, continua Amos.
Anel Amos é um exemplo. Maringá tem muitas histórias semelhantes, de pessoas que vieram de outros países em busca de oportunidades.
Somente em 2022, a Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes (Sejuc) atendeu mais de 1,2 mil migrantes, refugiados ou apátridas de 29 nacionalidades. Entre as pessoas atendidas, 254 chegaram em Maringá no ano passado.
O projeto ′Embaixada Solidária′ foi criado para auxiliar na emissão e renovação de passaporte e documento de identidade. Em 2022, foram atendidas 710 pessoas: 210 documentos de identidades emitidos e 500 passaportes.
O acompanhamento social e de saúde é feito pelas equipes dos Centros de Referência de Assistência Social (Creas) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
O secretário Emanuel Predestin diz que o objetivo é integrar a população migrante como parte da sociedade.
“A gente integra a população migrante como cidadão da cidade em questão de oportunidade de trabalho, em que nós fazemos mutirões de empregos específicos para migrantes; estudo, em que nós temos parcerias com instituições que oferecem bolsas”, explica Predestin.
“São formas para que nós possamos contribuir para que o imigrante, que deixar o seu país de origem, escolha Maringá para se viver e conseguir se planejar para ter uma vida melhor e se sentir incluído na cidade. Oferecemos, também, atendimento psicológico dentro do próprio local de acolhimento dos imigrantes”, finaliza o secretário.
O Centro de Referência de Acolhimento ao Imigrante (Crai) faz parte da rede de atendimento do município. No local, as famílias são acolhidas e recebem alimentação e outros cuidados. Das 39 famílias de migrantes atendidas no ano passado, 12 foram acolhidas e encaminhadas para o Crai.