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Existe solução para a falta de segurança na região central de Maringá?

A segurança pública é um assunto recorrente em todas as esferas de poder. Como prevenir um assalto a mão armada, em plena luz do dia, em uma região movimentada?

Depois da tentativa de roubo seguida de morte que aconteceu em Maringá no fim de semana, lideranças locais, representantes de entidades e forças de segurança se reuniram nesta terça-feira, 31, para debater o assunto.

 

A região central de Maringá, próximo ao Terminal Urbano, Praça Raposo Tavares, Avenida Getúlio Vargas até a Catedral, é um local onde a falta de segurança é sempre colocada em pauta, principalmente por comerciantes. Concentração de moradores de rua e usuários de drogas preocupam a população.

O delegado Luiz Alves, que também é vereador, diz que o problema é complexo e a solução não é agradável. Segundo ele, a raiz do problema é grande e é necessário muito envolvimento de vários setores. Ele diz que o poder público não está inerte, mas os processos são demorados.

“Pode ter certeza, que se o problema fosse fácil, fosse simples, já estaria resolvido, mas não é. O problema é complexo e a solução não é agradável. Isso vai gerar desgaste social de alguma forma, só que tem que ser enfrentado o problema. Vereadores cobram, diariamente, solução. De outra forma, muita coisa no serviço público é burocrática demais, até chegar a um deslinde. Veja, uma cobrança nossa, que é o centro integrado de segurança, está saindo do papel, só que há quase um ano está sendo movimentado, vai sair do papel, vai dotar a cidade de câmeras inteligentes. Vai melhorar de certa forma o trabalho? Vai. Mas só que há quanto tempo nós estamos cobrando isso? Essa situação dos moradores de rua, dia 4 de janeiro, eu fiz uma cobrança para o município, perguntando o que estava sendo feito para resolver esse problema. E aconteceu o que aconteceu essa semana. Então, não estamos inertes, estamos atuando. Só que muitas vezes eu atuo na execução. Eu vou lá, na condição de polícia, e resolvo parcialmente o problema. Só que esse problema é muito amplo, envolve muito mais coisas do que apenas efetivo policial nas ruas. Isso envolve serviço de saúde, serviço de assistência social, que não fique só dando uma comida, uma marmita uma vez por dia e não insira essa pessoal [na sociedade]. Abraçar os jovens na tenra infância e direcioná-los na educação […], no aprendizado do esporte. Tudo isso está interligado com a segurança”, disse o vereador.

A cobrança de mais fiscalização por parte da Polícia Militar foi um ponto levantado pela sociedade. O Major José Renato Mildemberg, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar de Maringá, diz que o patrulhamento é feito constantemente e que a morte ocorrida no fim de semana é um caso isolado.

“[…] nós estamos intensificando, dentro das nossas possiblidades, as abordagens a essas pessoas, na tentativa de identificar porte de arma ou arma branca, uso de drogas. Nós temos o nosso policiamento de rotina, então nós temos o Ciclo-Patrulhamento, que é o patrulhamento com bicicletas, nós temos a Rocam, que tem uma grande mobilidade com as motocicletas na área central, além das nossas operações e do nosso atendimento rotineiro. Obviamente, essas ações que o 4º Batalhão promove, estão dentro de uma normalidade. Um crime como aconteceu, como eu falei, atípico, foge dessa normalidade. Agora, a Polícia Civil, cabe a eles fazer a investigação, para tentar identificar o autor e efetuar a prisão. Do restante dessa problemática social que a cidade de Maringá hoje está vivendo, nós dependemos, realmente, de uma ação em conjunto com diversos órgãos, diversas secretarias, para que a gente consiga minimizar essa questão”, afirmou o comandante do 4º BPM.

O secretário de Segurança Pública, Ivan Quartarolli, diz que o monitoramento é feito e que as ações de prevenção são a fiscalização.

Representantes do Conseg, Acim, OAB Maringá também participaram da reunião.

Sobre a morte da jovem trans após uma tentativa de assalto, a Polícia Civil está investigando o caso. Segundo a polícia, um suspeito foi identificado depois da descrição de testemunhas, mas foi liberado porque não batia com as características das imagens. Outro possível suspeito foi apontado, mas a apuração continua para identificação e localização do suspeito de ser o autor do crime.

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