Entrou na pauta da sessão desta quinta-feira, 16, na Câmara de Maringá um requerimento perguntando se Secretaria de Educação incinera livros didáticos que não são utilizados, em vez de destiná-los à reciclagem ao final do ano letivo.
O questionamento é do vereador Sidnei Telles (Avante). Ele não apresentou provas, mas lançou a suspeita e disse estar preocupado com a denúncia que chegou ao gabinete.
“A gente fica preocupado, uma vez que a reciclagem é uma luta que a cidade inteira está envolvida. A gente também pensa que livros didáticos podem ter outra finalidade. Nós não temos ainda a informação de que esse fato tem acontecido de forma recorrente, são professores que nos deram a denúncia, mas a gente precisa confirmar se, de fato, isso tem acontecido e, aí, refletir sobre a finalidade desses livros ao final do ano letivo”, explica o vereador.
A Prefeitura de Maringá tem 15 dias para responder os questionamentos do Legislativo via requerimento.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura para comentar o assunto. Por meio de nota, a prefeitura negou. Disse que “os livros não são e nunca foram incinerados”.
O município tem uma portaria nº 100/2022 que determina os critérios de destino aos livros didáticos que são inservíveis. De acordo com o documento, os livros didáticos devem ser doados ou descartados por reciclagem.
A portaria considera “livros didáticos inservíveis aqueles que decorrem o prazo de vida útil de quatro anos e os que estejam em péssimo estado de conservação” ou que estejam “ociosos os que estejam em bom estado de conservação, mas não se enquadram na proposta pedagógica da instituição de ensino”.