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Professora de Maringá é selecionada para lecionar em escola dos EUA

Desde a primeira edição, em 2015, 45 professores participaram do Programa de Imersão Dupla em Português do Estado de Utah, sendo que 38 permanecem trabalhando em território americano. A língua portuguesa é ensinada em sete distritos escolares do Estado de Utah.

A professora maringaense vai atuar em uma escola de Tooele, sede do condado de mesmo nome, em Utah. As atividades iniciarão no segundo semestre de 2023. Fernanda Lemos da Roza de Oliveira tem 34 anos e duas filhas, uma de 3 e outra de 5 anos. Ela é professora de inglês há 17 anos, formada em Letras pela Universidade Estadual de Maringá. Fernanda já trabalhou fora do País em um intercâmbio durante a faculdade e, assim que concluiu os estudos, trabalhou como au pair, um programa onde atuou como babá vivendo com uma família americana. Ela acredita que o intercâmbio cultural é sempre uma experiência enriquecedora e se prepara para a próxima.

“Eu gosto bastante desse intercâmbio, dessa troca que tem em morar em outro país, mas eu já estou há 9 anos no Brasil, sem sair, foi quando eu casei, tive minhas filhas e agora surgiu uma oportunidade de ir viajar e morar nos Estados Unidos”, disse Fernanda.

No programa, os docentes selecionados atuam por um período de até três anos no ensino da língua portuguesa para alunos da rede pública norte-americana, com idade entre 6 e 15 anos, em turmas da 1ª à 9ª série. A seleção é realizada anualmente, entre fevereiro e março, e os interessados passam por três etapas eliminatórias: análise de documentos, entrevista em inglês e avaliação de uma experiência didática em sala de aula, gravada em vídeo pelos candidatos aprovados na segunda etapa. Os candidatos devem estar aptos para o ensino de disciplinas como português, matemática, estudos sociais, ciências, educação física, artes e cultura geral. A professora maringaense conta que descobriu a oportunidade por acaso.

“Eu estava no trabalho da minha irmã e uma cliente dela comentou que estava de férias aqui, era professora de inglês e trabalhava nesse programa, aí ela me passou o link pra eu me informar, me passou o contato dela e a gente foi conversando”, explicou.

“Se trata de um programa de imersão bilíngue que tem nas escolas públicas do estado de Utah, chama Dual Language Imersion. Então, os alunos dessas escolas tem a oportunidade de escolher uma segunda língua, não só o espanhol, Utah oferece outras línguas também para eles poderem escolher, tem português, russo, mas a principal que eles mais escolhem é o português principalmente por causa do futebol, mas a fama do português é muito grande lá nos Estados Unidos. Brasileiro está em todo lugar então todo mundo quer aprender português para se comunicar”, completou a professora.

Os professores selecionados recebem remuneração que varia de US$ 45 mil anuais (que equivale a R$ 224,5 mil) até US$ 58 mil (cerca de R$ 289,5 mil). Os salários serão pagos durante o ano letivo americano, de setembro a agosto do ano seguinte. Os professores também terão planos de saúde e odontológico e moradia provisória nas duas primeiras semanas. O programa permite, ainda, o acompanhamento da família, com visto de trabalho em tempo parcial para o esposo ou a esposa e matrícula em escola pública para filhos com até 21 anos. Os custos de passagem e visto serão providenciados pelos candidatos. A professora de Maringá conta sobre a emoção de ter sido escolhida e a expectativa para a viagem.

“A primeira etapa foi o envio e seleção de documentos, aí, em questão de duas semanas, eles já mandaram quem eles selecionaram para a entrevista. Teve uma entrevista online com a diretora e a coordenadora do programa. Elas perguntam questões de prática pedagógica, de trabalho, etc. Para a nossa surpresa, foram somente duas pessoas contratadas”, relatou.

Agora a fase é para os preparativos finais – preparar toda a documentação, correr atrás do visto americano e deixar tudo pronto para a mudança.

“Se Deus quiser, semana que vem ou na próxima, a gente já a entrevista para o visto e a nossa previsão é embarcar no dia 16 ou 17 de julho, porque eu começo a trabalhar dia 30 de julho e, como a família vai comigo, vamos mais cedo para nos instalarmos. Eu já estou em contato com pessoas de lá, as professoras estão me ajudando a procurar moradia e carro e está dando tudo certo, graças a Deus”, finalizou a professora.

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